Caminho do Êxodo – Monte Sinai, Egito – 17/05/14.
São mais de quinhentos quilômetros de um deserto diferente, muitas pedras entre as montanhas e o mar Vermelho. Passamos pelo canal de Suez, por um túnel que liga a península do Sinai. Descemos ao sul da península margeando o Mar Vermelho, terra árida, com raríssima vegetação, muita pedra que rolam das montanhas, sol escaldante mas a sombra uma brisa da corrente que vem do mar, muitas vezes ao alcance da vista.
A primeira parada foi no poço que o povo hebreu parou para descansar e encontrou águas amargas. Foi a primeira vez que descemos do ônibus e pudemos pisar no solo da peregrinação de Moisés. Como sempre os egípcios grandes e vorazes comerciantes estão presentes com os souvenir que os turistas consomem numa tentativa de marcar na memória que por ali passaram.
Continuamos o suposto trajeto da caminhada do povo de Moisés em direção ao extremo da península. Chegamos no extremo do mapa, numa cidade balneário, muitos barcos, gente bronzeada é a cidade de Porto do Sacerdote.
A nossa frente o mar Vermelho, só resta contornar a Península do Sinai e subir para o norte, ainda margeando o mar Vermelho e alguns quilômetros ao norte entramos em direção ao centro da península em direção ao famoso Monte Sinai.
Chegamos ao pé do monte e hospedamos em um belo hotel com todo o conforto que seguramente Moisés jamais pensou que um dia pudesse ali existir.
No começo do dia seguinte, precisamente a meia noite e meia começamos a subida ao cume do referido monte. A escuridão era total, somente as lanternas e os guias nos indicava o caminho íngreme, muitas curvas e pedras soltas. Todos animados, não sabíamos que era cerca de seis quilômetros para chegar a altura de aproximadamente 2300 metros de altitude. Várias paradas para descanso de dez minutos e muitos egípcios locais vendendo água e oferecendo seus serviços: camelo para os cansados! Saímos da base, em frente do Mosteiro de Santa Catarina, com quarenta e cinco valentes e dispostos aventureiros, chegamos ao cume do monte Sinai após três horas e meia com apenas dezessetes exaustos aventureiros, mas embebidos pela beleza do local e com uma temperatura que acho que beirava aos quinze graus Celsius.
No cume do monte tem um pequeno mosteiro ao lado um pequeno platô que os peregrinos se reúnem em grupos para orar, cantar, fazer uma reflexão bíblica e apreciar a vista que é de uma suntuosidade magnifica. Depois vem a descida com o sol já nascendo que dá um brilho especial aos contornos dos montes que formam a península do Sinai. Na descida descortina a beleza do lugar, caminhos sinuosos e estreitos, com grandes e profundas fendas, despenhadeiros profundos e perigosos. O cansaço já se faz visível nos passos, apenas revigorados com a ajuda da força da gravidade e a extasiante beleza que é revelada a cada curva e platô de descanso que não tinha sido revelado na escuridão da subida. As oito horas estávamos já de volta ao hotel, cansado mas orgulhos da conquista de ter ido ao lugar tido pela tradição onde Moisés recebeu do Criador as tábuas que continham as Leis – Os Dez Mandamentos.
Saímos do centro da península e caminhamos em direção ao norte margeando o Mar Vermelho, chegando ao Golfo de Aqaba que na sua extremidade faz fronteira com Israel, pela moderna cidade de Eilat. Entramos em Israel!